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Pensamentos aleatórios

6 de outubro de 2014

O recado das urnas para Jardel Sebba


Em 31 de outubro de 2012, ainda no auge das especulações sobre a posse ou não de Jardel na Prefeitura (devido ao processo no TSE), escrevi um texto no blog sobre o recado que as urnas daquele pleito deram para o próximo prefeito de Catalão, fosse ele quem fosse. O texto completo pode ser acessado aqui, mas reproduzo abaixo o trecho final do post para iniciar a argumentação:

"Catalão não quer simplesmente gente nova na prefeitura, quer ir além, quer renovação das práticas políticas, quer políticos mais preocupados com a cidade do que com sua reeleição, quer uma gestão ágil e transparente do dinheiro público, quer desenvolvimento econômico e social para todos, quer serviços públicos inovadores e de qualidade, quer mais cultura, esporte e lazer, quer menos violência e quer avanços na saúde e na educação."

Pois bem, quase dois anos depois uma nova eleição aconteceu e o prefeito Jardel, assim como aconteceu com Velomar e o PMDB em 2010, recebeu das urnas a nota de sua gestão. E a avaliação da população foi cruel: todos os candidatos apoiados por Jardel perderam em Catalão, com destaque para o resultado pífio de Gustavo, massacrado por Adib Elias (23000 votos a 9600) e a derrota de Marconi para Iris, algo que jamais aconteceu na cidade.

Uma série de fatores explica esse resultado, todos estão cansados de saber e não convém alongar nisso, mas saliento em especial que Jardel cometeu o pecado que jamais poderia ter feito: ele trocou, mas não renovou!

Em apenas nove meses no cargo cometeu os mesmos pecados que o PMDB levou doze anos para cometer (arrogância, prepotência, soberba): ignorou a voz das urnas, mantendo e ampliando as práticas políticas tão criticadas pela população, fazendo uso da máquina pública para beneficiar os aliados e perseguir os adversários; na primeira oportunidade mostrou sua face nepotista descartando o vice simplesmente para colocar o filho como sucessor político (ingratidão que a população não esqueceu); não aceitou nenhuma crítica, nem mesmo dos vereadores aliados que tentaram alertá-lo que o caminho não estava correto, mas não ouviu ninguém, preferiu acreditar em pesquisas fajutas que lhe davam uma falsa aprovação popular; incentivou a prática do ódio e da perseguição, fomentando blogs apócrifos e perfis falsos no Facebook, cuja única função é agredir os críticos (afinal, a opinião que vale, é somente a dele); gastou milhões em propaganda e em matérias favoráveis na imprensa da capital (Jornal Opção e Diário da Manhã), mas não se preocupou com a opinião pública da cidade que administra, acreditou que todos tinham preço... e aí o povo deu o troco, demonstrando nas urnas toda sua indignação.

O prefeito ainda tem tempo de reverter esse quadro, afinal faltam dois anos para as eleições e ele pode (se quiser) provar que a renovação prometida vai chegar, basta descer do pedestal, deixar de ser "Jardeus" e voltar a ser o Jardel que foi eleito em 2012, mas para isso tem que calçar as sandálias da humildade, algo que até hoje ele não se mostrou disposto a fazer.

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