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Pensamentos aleatórios

27 de agosto de 2015

Sete mentiras que te contam para você amar cegamente seu país

Do blog do Sakamoto:
 
Muito cuidado com lugares-comuns feitos para ajudar a forjar ou fortalecer o “amor à pátria'', mostrando que somos iguais (sic) e filhos e filhas da mesma pátria (sic sic). Aceitar isso de forma acrítica é ignorar que a maioria é tratada como um bando de renegados, sem direito a nada além de gerar riqueza – para outros. Vamos a alguns deles:
 
1) A letra do hino nacional brasileiro não é uma das mais bonitas do mundo, ao contrário do que afirmam correntes que circulam na rede. Até porque é impossível mensurar tal coisa. Mas ainda temos tristes índices de iletramento.
 
 
2) Também é mito que a bandeira nacional (cujo verde não surgiu para representar “nossas matas'', mas sim a casa imperial de Bragança) é considerada uma das mais belas. Mas somos reconhecidos pelas altas taxas de desmatamento.
 
 
3) O povo brasileiro não é, necessariamente, o mais alegre do planeta. Mas é um dos campeões de desigualdade social e de concentração de renda.
 
 
4) A democracia racial, apesar de alardeada como exemplo planetário, não existe e, por isso, não nos define. O que nos explica são séculos de escravismo e suas heranças.
 
 
5) O Brasil não é o país que tem a mulher mais bonita do mundo. Até porque esse país não existe. Mas somos um país reconhecidamente machista.


6) Nossa comida não foi eleita a mais gostosa e saudável. Mas estamos entre os campeões globais de uso de agrotóxicos.
 
 
7) Não está escrito em lugar algum que teremos um futuro grandioso pela frente. E se continuarmos maltratando o meio ambiente em nome do consumismo desenfreado, talvez nem tenhamos um futuro.


O melhor de tudo é que quando levantamos indagações sobre quem somos e ao que servimos e conclamar ao espírito crítico, somos acusados de não amar o país, no melhor estilo “Brasil: ame-o ou deixe-o'' dos tempos de chumbo da ditadura cívico-militar.
 
Pois, para muitos, brasileiro bom é brasileiro que sabe o seu lugar. E aceita de forma bovina.


Orgulho de ser brasileiro. Mas nem sempre.
 
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